Biografia de Carlos Drummond de Andrade, poesias mais
importantes, temas abordados em seus poemas, crônicas e contos, etapas dos
poemas de Drummond, a vida de um dos principais escritores da literatura
brasileira do século XX.
Biografia, obras e estilo
literário
Este consagrado poeta
brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo
conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira
do século XX.
Concretizou seus estudos em
Belo Horizonte, e, neste mesmo local, deu início a sua carreira de redator, na
imprensa. Também trabalhou por vários anos como funcionário público.
Seus poemas abordam assuntos
do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida.
Em suas obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas.
Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.
Os principais temas retratados
nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a
existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal.
Dentre suas obras poéticas
mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição
de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a
Limpo e Novos Poemas,
Talentoso também na prosa, tem
suas prosas reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de
Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira.
Na década de 1980 lançou as
seguintes obras: A Paixão Medida, que contém 28 poemas inéditos; Caso do
Vestido (1983); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985) e Poesia Errante
(1988).
Faleceu em 17 de agosto de
1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.
Taunay, nasce e se cria num ambiente de
romantismo francófilo, em São Cristóvão, bairro da nobreza, no Rio de Janeiro.
Em 1858, conclui o Curso de Humanidades, no Colégio de Dom
Pedro II. Senta praça no Exército Imperial em 1861, aos 18 anos, no 4º Batalhão
de Artilharia à Pé. Concomitantemente, como era de praxe, frequenta as aulas na Escola Central, com a finalidade de
obter os títulos de Engenheiro Militar e Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas.
No ano seguinte, como era de se esperar, é promovido a Alferes-Aluno. Com a
eclosão da Guerra do Paraguai em
1865, aos 22 anos, no posto de 2º Tenente, é enviado para o teatro de operações
pelo então Ministro da Guerra, Visconde de Camamú. É incorporado à Comissão de
Engenheiros, anexa ao Corpo Expedicionário que, via São Paulo, Uberaba e
Miranda, tinha por meta rechaçar as tropas paraguaias de Solano Lopes, que
haviam invadido a Província de Mato Grosso.
Durante três longos anos, Taunay permanece na
região do planalto central brasileiro, tendo tomado parte ativa da Retirada da
Laguna, que sua pena imortalizou.
Em 1868, retornando ao Rio de Janeiro, é nomeado para o
Estado-Maior do Conde d'Eu, marido da Princesa Isabel, que o encarrega de
redigir o Diário do Exército, publicado sob o título de A Campanha da
Cordilheira.
"Nesse assalto de Perbebuí, tomei contra a vontade, parte
na mais singular e mal pensada carga de cavalaria que imaginar-se pode. Houve
um grito: 'Carregue a Cavalaria', e por diante de mim passou, como um
turbilhão, um regimento inteiro a galope. O meu cavalo tomou o freio nos dentes
e eis-me envolvido naquela onda oscilante, numa disparada horrível por uma rua
espaçosa que ia desembocar naquele largo. Foi quando ouvi a voz de João Carlos
da Rocha Osório, que me bradava: - Aperta os joelhos, Taunay, senão estás perdido!"
Autor reconhecido por:
- Pelo estilo pitoresco;
- Pelo
emprego de termos e expressões típicas e regionais; - Pela descrição de aspectos da
paisagem brasileira.
José de Alencar
DADOS BIOGRÁFICOS
José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana - CE, em 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1877, filho de um ilustre senador do império, tão cedo foi morar com a família no Rio de Janeiro. Formado em Direito em São Paulo e Olinda, exerceu muito pouco a profissão, vindo a se dedicar à literatura e ao jornalismo (sendo redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro).
Sua primeira manifestação literária foi a crítica ao poema "Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães. Logo vieram seus grandes romances como O Guarani e Iracema, o que lhe rendeu as glórias de grande escritor do Romantismo brasileiro. Ingressou na vida política, como o pai, vindo a ser deputado provincial do Ceará e ministro da justiça. Profundamente magoado, deixou a política após ter seu nome vetado pelo imperador para o cargo de senador. Deprimido e muito debilitado pela tuberculose, foi para a Europa para se tratar. Voltou ao Rio já muito doente, morrendo pouco tempo depois.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
José de Alencar é considerado o maior romancista do Romantismo brasileiro, bem como um dos maiores de nossa literatura. Abrangeu em sua obra todo um perfil da cultura brasileira, na busca de uma identidade nacional que transcorresse o seus aspectos sociais, geográficos e temáticos, numa linguagem mais brasileira, tropical, sem o estilo português, que até então rodeava os livros de outros romancistas. Conseguiu escrever de forma primorosa sobre os mais importantes temas que estavam em voga na literatura da época, descrevendo desde a sociedade burguesa do Rio até o índio ou o sertanejo das regiões mais afastadas. Toda a sua extensa gama de romances pode ser dividida em quatro temas distintos: romance urbano, romance indianista, romance regionalista e romance histórico.
O romance urbano de Alencar segue muitas vezes o padrão do típico romance de folhetim, retratando a alta sociedade carioca com todas as suas belas fantasias de amor. O romancista, no entanto, vai além: por trás de toda a pompa e final feliz onde todos os segredos e suspenses que se desenvolvem nas complicadas tramas são desvendados, está a crítica, a denúncia da hipocrisia, da ambição e desigualdade social. Alencar se especializou também na análise psicológica de suas personagens femininas, revelando seus conflitos interiores. Essa análise de caráter mais psicológico do interior das personagens remete sua obra a características peculiares dos romances realistas, sobretudo de Machado de Assis. Estes são seus romances urbanos: Cinco Minutos, A Viuvinha, Lucíola, Diva, A Pata da Gazela, Sonhos d'Ouro, Senhora e Encarnação.
As obras indianistas revelam sua paixão romântica pelo exotismo, encarnado na figura do índio, com todos os seus costumes, crenças e relações sociais. Sua descrição sempre se opõe à imagem do homem branco, "estragado" e corrompido pelo mundo civilizado. O índio de José de Alencar ganha tons lendários e míticos, com ares de "bom selvagem". Sua descrição muitas vezes funde seus sentimentos com a beleza e a harmonia exótica da natureza. Caracterizando a bondade, nobreza, valentia e pureza do selvagem, Alencar às vezes o aproxima dos cavaleiros e donzelas medievais, revelando um pouco dos traços românticos europeus que assolavam nossa cultura. Seus romances indianistas são: O Guarani ,Iracema e Ubirajara.
Seus romances regionalistas denotam o interesse e o exotismo pelas regiões mais afastadas do Brasil, aliando os hábitos sociais da vida do homem do campo à beleza natural das terras brasileiras. Se nos romances urbanos as mulheres são sempre enfatizadas, nas obras de cunho regional os homens são figuras de destaque, com toda a sua ignorância e rudeza, enfrentando os desafios da vida, sendo que as mulheres assumem papéis submissos, de segundo plano. Seus romances regionalistas são: O Gaúcho , O Tronco do Ipê, Til e O Sertanejo.
Com seus romances históricos – As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates – Alencar também buscou na passado histórico brasileiro inspiração para escrever seus romances, criando quase sempre uma nova interpretação literária a fatos marcantes da colonização, como o busca por ouro no interior do Brasil e as lutas pelo aumento das terras nas fronteiras brasileiras. Seus enredos denotam em vários momentos um nacionalismo exaltado e o orgulho pela construção da pátria.
PRINCIPAIS OBRAS
Romance
Cinco Minutos (1856); A Viuvinha (1857) O Guarani (1857); Lucíola (1862); Diva (1864) As Minas de Prata (parte inicial: 1862 - obra completa: 1864-65); Iracema (1865); O Gaúcho (1870); A Pata da Gazela (1870); O tronco do Ipê (1871); Sonhos d'Ouro (1872); Til (1872); Alfarrábios ("O Ermitão da Glória" e "O Garatuja") (1873); A Guerra dos Mascates (1873); Ubirajara (1874); Senhora (1875); O Sertanejo (1875); Encarnação (1877).
Teatro
Demônio Familiar (1857); Verso e Reverso (1857); A asas de um anjo (1860); Mãe (1862); O Jesuíta (1875).
Crônicas
Ao correr da pena (1874).
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